Nos últimos meses tem-se observado uma preocupação crescente entre os economistas e o público em geral a respeito de um possível processo de desindustrialização da economia brasileira. O Brasil sofre com uma legislação trabalhista antiga e cara, possui uma das maiores cargas tributárias do mundo o que eleva os custos de produção. Além disso não existe uma estrutura de transporte eficaz e barata para escoar o que é produzido. E por mais que se deseje uma moeda forte, quando o real está valorizado comparado ao dólar as exportações ficam prejudicadas. Pensando nesses fatores a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) vai realizar o seminário “Riscos da Desindustrialização no Brasil”, que acontece no dia 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG).
Para entender um pouco mais o assunto.
O conceito “clássico” de “desindustrialização” foi definido por Rowthorn e Ramaswany (1999) como sendo uma redução persistente da participação do emprego industrial no emprego total de um país ou região. Mais recentemente, Tregenna (2009) redefiniu de forma mais ampla o conceito “clássico” de desindustrialização como sendo uma situação na qual tanto o emprego industrial como o valor adicionado da indústria se reduzem como proporção do emprego total e do PIB, respectivamente.
Uma economia não se desindustrializa quando a produção industrial está estagnada ou em queda, mas quando o setor industrial perde importância como fonte gerador de empregos ou de valor adicionado para uma determinada economia. O Brasil tem sofrido com as oscilações de câmbio, dados mostram que a apreciação do câmbio real está associado com a desindustrialização. Dessa forma, a indústria ao baratear a compra de máquinas e equipamentos do exterior prejudica a economia pois desestimula o investimento.

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